Como prometido, neste post falarei sobre o que trouxemos na mala e o que foi bom ou ruim ter trazido!

Novamente falo – a bagagem é algo muito particular, pois cada um tem uma realidade e uma necessidade. O que quero com este post é mostrar o meu ponto de vista e inspirá-lo a refletir sobre o que será bom para você.

Uma mudança como esta é um recomeço e você vai ter que comprar muitas coisas na sua chegada – isso assusta um pouco! Há coisas que você não pode abrir mão e outras coisas que eventualmente você já tinha na sua casa e terá que esperar um pouquinho para comprar. Mas tudo isso faz parte da vida que escolhemos, então, temos que estar de coração aberto para o novo, sem preconceitos, nem julgamentos!

 

Vamos para o conteúdo das malas:

 

Roupas de uso pessoal (camiseta, calça, bermuda, etc.)

De certa forma, foi muito fácil escolher as roupas que gostaríamos de trazer, pois já estávamos com poucas roupas – tínhamos doado bastante coisa!

Sendo assim, trouxemos todas as roupas que estavam em boas condições – as “melhorzinhas”!

Meu marido trouxe várias camisas sociais, pois é bem difícil achar camisas que tenham um bom caimento e ficamos com receio de chegar aqui, ser exigido traje social no trabalho e termos que sair correndo atrás de roupa!

Trouxemos alguns casacos de frio, mas que não são adequados para o frio daqui. Conseguimos usar apenas no outono e provavelmente usaremos na primavera.

 

O que eu faria diferente: traria menos roupas de calor em geral.

Como chegamos no meio do outono, o tempo já não estava quente, portanto, não usei nenhuma roupa de calor e não vou usar por uns seis meses (no mínimo!).

O espaço que elas ocuparam (por menor que seja) poderia ter sido ocupado com outras coisas nesse momento ou não precisaria ter pago mala extra. E caso chegasse o verão e eu ainda não tivesse com as roupas aqui, eu poderia comprar ou então lavar num dia e usar no outro, já que aqui se usa muito a máquina secadora – rsrs!

 

Calçados

Recebi muitas dicas para trazer todas as sapatilhas que eu tivesse, pois as daqui eram feias, não eram de boa qualidade ou eram caras. Segui o conselho e trouxe exatamente seis sapatilhas, além de quatro havaianas, duas sandálias rasteirinhas, dois tênis e três sapatos sociais.

Meu marido trouxe tênis, sapato social e havaianas.

 

O que eu faria diferente: traria menos sapatilhas!

Pelo mesmo motivo das roupas de calor – até agora, praticamente dois meses após a nossa chegada eu usei sapatilha e sapato social apenas uma vez, em ocasiões bem específicas. Nos outros dias foi apenas tênis e bota de inverno / neve.

Para quem trabalha em empresas, o código de vestimenta em geral é bem mais tranquilo do que no Brasil (pelo menos São Paulo). Na empresa onde meu marido trabalha é permitido trabalhar inclusive de camiseta regata e bermuda. Então no dia-a-dia, ele trabalha de bota (e nem precisa usar todas as camisas que ele trouxe!).

Sobre os sapatos daqui: de fato, tem alguns que são de gosto duvidoso (e gosto não se discute!), mas eu passei por lojas e vi sapatilhas bem bonitinhas e com preços acessíveis. Da mesma forma que no Brasil, você vê de diferentes preços e de diferentes qualidades – mas não achei tão ruim quanto foi falado.

 

Roupas de cama, mesa e banho

Trouxemos dois jogos de lençol e dois jogos de banho, que estavam seminovos e eram de ótima qualidade.

Achei importante trazer, pois ao chegar aqui, eu sabia que tudo o que eu ia querer era um banho e uma cama e não ia querer sair atrás de lençol e toalha!

Se você pensar como eu, um ponto de atenção: o tamanho de cama padrão aqui é o “queen”. Como minha cama era o tamanho “full” eu comprei no Brasil um lençol de baixo tamanho “queen” e que combinava com meu jogo. Eu recomendo trazer pelo menos um jogo, até você poder pesquisar os preços e ver qual te atende melhor.

Eu não trouxe roupa de mesa, por não saber como seria a minha mesa (e para falar a verdade, ainda não tenho mesa – rsrs). Eu trouxe um jogo americano feito com fotos nossas, que era um xodozinho e dois caminhos de mesa que ganhei (ambos feitos a mão, por pessoas muito queridas) – agora é torcer para que eles caibam na minha futura mesa!  

Ah, me falaram muito sobre os panos de prato daqui – que eram ruins – eu acabei trazendo 3 panos.

 

O que eu faria diferente: difícil dizer! Nesse quesito, estou bem satisfeita com o que eu trouxe!

Apesar do espaço mínimo que ocupou, eu não traria os panos de prato. De fato, os panos que comprei não secam tão bem, mas no Brasil também achávamos panos semelhantes. Será questão de procurar um aqui, que tenha melhor qualidade.

E, talvez eu deixasse os caminhos de mesa para uma próxima mala e trouxesse apenas um jogo de cama e banho. De qualquer forma, eu teria que comprar os jogos aqui, pois é algo que não dá para abrir mão.

 

Roupas de praia (toalha, biquíni, canga)

Sim, eu trouxe roupas de praia! Rsrs

Mesmo sabendo que não ia usar tão cedo, eu preferi trazer porque são coisas bem específicas e que mesmo no Brasil temos dificuldade em comprar um biquíni / sunga com bom caimento (esse nosso corpo de modelo é muito exigente – rsrs).

É o tipo de coisa que não ocupa muito espaço (você pode colocar dentro do tênis!) e é uma coisa característica nossa.

 

O que eu faria diferente: Talvez eu deixasse as toalhas de praia para a próxima.

 

Livros

Livros é uma coisa que dificilmente você lê pela segunda vez, mas que é difícil se desfazer. Eu trouxe somente os livros mais especiais, que usamos para estudo.

Alguns que eu gostava muito, eu doei / vendi, mas ainda assim procurei por versões online – nem todos tinham. E deixamos alguns para trazer em uma próxima oportunidade.

 

O que eu faria diferente: Nada!

Lembra do que eu falei sobre coisas sentimentais? Os livros que trouxe são de estudo e eu consulto bastante, mas também têm um lado sentimental muito forte!

 

Fotos

Quem me conhece, sabe o quanto eu gosto de fotos e mesmo na era digital, eu faço uma seleção dos “cliques” e imprimo todos os anos! Meus primeiros posts na minha página professional do Facebook foi falando sobre fotos!

Eu trouxe os álbuns mais recentes (dos últimos dez anos) hahaha. Na verdade, optei por trazer os álbuns da minha afilhada, os fotolivros de viagens e os álbuns com fotos minhas e do marido, desde que a gente se conheceu – há 10 anos. Oito álbuns (nem é muito, vai?!).

 

O que eu faria diferente: Nada!

Apesar dos álbuns ocuparem bastante espaço, eles têm um valor sentimental e hoje ocupam um lugar de destaque na minha sala, assim como os livros!  O que não acontecia na minha casa em São Paulo, pois não tinha espaço.

 

Itens de casa (decoração, utensílios de cozinha, etc.)

Recebi dicas para trazer panelas de pressão, pegador de salada e coisas do tipo …

A minha ideia era ter tudo novo aqui. Começar uma casa do zero – passando pelo momento de ter só o essencial até o momento de poder ter os supérfluos.

Na minha cabeça, eu pensava: “se canadenses vivem sem o pegador de salada que eu uso aqui, eu também vou conseguir viver” – precisamos estar abertos a mudança.

Mas sim, eu trouxe umas coisinhas: copos de viagens, um joguinho de copos do Star Wars, um descascador de legumes (gente, eu tenho problema para descascar legumes. Mesmo no Brasil, eu já testei vários, mas só um me atende. Eu consigo com outros, mas esse que eu trouxe é mais anatômico) e claro, meus imãs de geladeira – quer coisa mais sentimental do que imã de geladeira? rsrs.

 

O que eu faria diferente: Nada!

Novamente: coisas sentimentais.

 

Itens diversos

Também trouxemos documentos, eletrônicos, algumas coisas de papelaria …

Meu marido andava de moto no Brasil e a ideia é andar aqui também – pelo menos na primavera e verão!

Trouxemos um capacete (que estava bem novo) e uma bota. Estas coisas ocuparam bastante espaço na mala, mas se fosse comprar novo aqui, custaria muito mais cara do que o pagamos pela mala extra, então, como tinham pouco uso, valeu muito a pena trazer.

 

Esta é uma análise interessante para se fazer, se você está com dúvida se é válido levar alguma coisa que ocupa muito espaço – o quanto você gastaria para comprar um novo e o quanto você vai gastar levando agora. Dependendo do item, você pode concluir que vale a pena levar – ou não.

 

Bom, acho que já deu para ter uma ideia de como veio minha mala, não é?!

Vale dizer, que tudo o que eu trouxe, eu vou usar. É só uma questão de tempo! Então, eu não me arrependi de trazer, mas tenho certeza que se eu não tivesse trazido, eu conseguiria viver numa boa, sem grandes dificuldades – talvez com grandes adaptações, mas afinal, para quem vai se adaptar com temperaturas negativas, o que é se adaptar com o pegador de salada, não é mesmo?!

 

Se você está passando por uma situação parecida e quer trocar uma ideia ou compartilhar sua experiência, deixe aqui seu comentário! Ficarei feliz em trocarmos figurinhas!

 

Um beijo e até o próximo post!

 

Eu costumo dizer que sou hoteleira de formação e organizadora por paixão! Além de organizar, adoro viagens, fotos e estar junto dos amigos – sou aquela que sempre fica responsável por organizar os encontros 🙂 Quero ser a sementinha da organização na sua vida! Saiba mais